Paraíba confirma oito mortes por arboviroses; maioria dos casos é de dengue, aponta SES
Boletim indica aumento de óbitos e reforça alerta para manutenção das ações de combate ao Aedes aegypti

A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) divulgou nesta terça-feira (7) o Boletim Epidemiológico das Arboviroses, com dados atualizados até 4 de outubro de 2025, que confirmam oito mortes no estado — seis por dengue e duas por chikungunya. O número representa um aumento em relação ao boletim anterior, divulgado em setembro, que registrava quatro óbitos por dengue.
Entre os casos de dengue com desfecho fatal, quatro ocorreram em João Pessoa, um em Soledade e um em São Domingos do Cariri. Já os dois óbitos por chikungunya foram registrados em Campina Grande e Prata. Até o momento, não há registros de mortes por zika, mas o boletim informa que oito óbitos seguem em investigação em diferentes municípios.
A chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES, Fernanda Vieira, alertou para a necessidade de manter a vigilância e as ações preventivas.
“Embora tenhamos registrado reduções significativas nos casos de arboviroses em relação a 2024, os óbitos confirmam que a população não pode baixar a guarda. A luta contra o Aedes aegypti continua sendo essencial para salvar vidas”, enfatizou.
Casos registrados e comparativo com 2024
De acordo com o boletim, a Paraíba contabilizou até o início de outubro 7.783 casos prováveis de arboviroses. Desses, 6.555 são de dengue (84,22%), 559 de chikungunya (7,18%), 17 de zika (0,22%) e 652 de Oropouche, doença também transmitida por mosquitos e presente em algumas regiões do estado.
Comparando com o mesmo período de 2024, houve redução significativa nos registros: 49,93% para dengue, 64,35% para chikungunya e 79,52% para zika, evidenciando eficácia parcial nas ações de controle do vetor realizadas pela SES e pelos municípios.
Apesar da queda, Fernanda Vieira reforçou que o combate deve continuar.
“O nosso objetivo é que esses números caiam ainda mais e, para isso, precisamos manter a luta contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor das arboviroses”, destacou.
Cuidados e sintomas
A SES orienta que a população mantenha medidas básicas de prevenção, como:
- Evitar o acúmulo de água parada em vasos, garrafas e recipientes;
- Tampar caixas d’água e reservatórios;
- Limpar calhas e quintais com frequência;
- Utilizar repelentes e telas de proteção em janelas e portas.
O boletim também alerta para os sintomas característicos das doenças:
Dengue: febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos, manchas vermelhas na pele e fadiga.
Chikungunya: febre alta, dores musculares e articulares intensas, inchaço nas articulações, manchas vermelhas na pele e cansaço.
Zika: febre baixa ou ausente, manchas vermelhas na pele, coceira, conjuntivite não purulenta, dores leves nas articulações, dor de cabeça e náuseas.
Foto: João Paulo / Getty Imagens

