O feriado da Independência do Brasil, neste domingo (7.set.2025), foi marcado por manifestações políticas em todo o país. De acordo com o Monitor do Debate Político do Cebrap/USP, em parceria com a ONG More in Common, os atos pró-Bolsonaro superaram em número de participantes os organizados por grupos de esquerda.
Na Avenida Paulista (SP), o protesto bolsonarista reuniu cerca de 42,2 mil pessoas, enquanto no Rio de Janeiro, na orla de Copacabana, foram estimados 42,7 mil apoiadores. Já na Praça da República (SP), o ato da esquerda em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contou com apenas 8,8 mil manifestantes, quase cinco vezes menos que a mobilização da direita.
Os protestos bolsonaristas tiveram como bandeira principal a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, o que beneficiaria também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), hoje em prisão domiciliar.
Tarcísio e Malafaia atacam Moraes
Na Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “tirano” e afirmou que não há provas contra Bolsonaro no julgamento por tentativa de golpe de Estado. “A anistia tem que ser ampla”, declarou.
O pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato, classificou Moraes como “ditador de toga” e elogiou Tarcísio, chamando-o de “leão” na articulação política pela anistia.
Michelle Bolsonaro chora em discurso
Emocionada, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou chorando. Ela disse que o ex-presidente está “amordaçado dentro de casa” e afirmou que a situação vivida pela família é de “muita maldade”.
Contexto decisivo
As manifestações ocorreram em uma semana crucial, em que o STF deve julgar Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. O resultado pode definir o destino político do núcleo bolsonarista.
Foto: Tércio Teixeira/Metrópoles — @tercioteixeira1
