O governo federal vai reformular o Auxílio Gás, benefício destinado a famílias de baixa renda. A mudança deve ser anunciada na próxima semana e tem como objetivo garantir que os beneficiários recebam diretamente o botijão de gás de 13 kg, sem depender das variações regionais de preço.
Atualmente, o programa transfere às famílias um valor equivalente à média nacional do botijão, hoje em torno de R$ 108. No entanto, em alguns estados, o preço chega a R$ 170, inviabilizando o benefício.
“Em alguns lugares, o gás chega a custar R$ 160 ou até R$ 170, enquanto a média nacional fica em torno de R$ 108. Essa diferença inviabiliza o benefício”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista à EBC nesta quarta-feira (27).
Segundo ele, o novo modelo substituirá o repasse fixo por um vale crédito, que poderá ser usado diretamente nas revendedoras cadastradas. “A família apresentará o CPF e terá acesso ao botijão, sem precisar complementar o valor”, afirmou.
Hoje, o Auxílio Gás atende cerca de 5,6 milhões de famílias. A meta do governo é ampliar o número para mais de 20 milhões até março de 2025, beneficiando aproximadamente 46 milhões de pessoas. Para financiar a expansão, o orçamento de 2025 prevê R$ 13,6 bilhões.
Além de garantir dignidade alimentar, a medida também busca reduzir acidentes domésticos. Segundo o governo, muitas famílias que não conseguem pagar pelo gás acabam recorrendo a álcool e outros combustíveis, o que aumenta o risco de queimaduras.
