Ex Presidente do PT critica Moraes por reforço na vigilância de Bolsonaro: “Tá errado!”
Jackson Macêdo diz que medida é abuso e defende limites legais mesmo para adversários políticos

O ex presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) na Paraíba, Jackson Macêdo, surpreendeu ao criticar publicamente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de reforçar o monitoramento da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o dirigente petista, a medida é um “abuso” que fere os princípios do Estado de Direito.
“Bolsonaro deve ser preso depois do processo, por tudo que fez contra o país e nossa democracia. Mas extrapolar os limites legais, contra ele ou quem quer que seja, eu não concordo. Tá errado!”, declarou Macêdo em suas redes sociais.
Apesar de Bolsonaro ser o principal antagonista político do PT no cenário nacional, Macêdo defendeu que o respeito à legalidade deve estar acima das disputas ideológicas. Segundo ele, o ex-presidente já está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, e eventuais falhas no sistema não justificam medidas adicionais fora da legislação.
PF sugere vigilância interna
A declaração ocorre após a Polícia Federal sugerir ao STF que a única forma eficaz de garantir a prisão domiciliar seria com a presença de agentes dentro da residência de Bolsonaro, medida que não foi oficialmente autorizada até o momento.
O reforço na vigilância já havia sido determinado por Moraes com base em suspeitas de que Bolsonaro pudesse tentar fugir do país. O ex-presidente é investigado por suposta tentativa de golpe de Estado e por coagir autoridades envolvidas no processo.