O juiz Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande, julgou improcedente a ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e absolveu todos os réus investigados no âmbito da Operação Marasmo — caso que ganhou destaque durante a eleição municipal passada, quando opositores do então candidato Jhony Bezerra (PSB) o associavam a um suposto esquema fraudulento.
A investigação apurava suspeitas de fraudes em licitação e superfaturamento em contratos entre uma empresa e o Hospital de Clínicas de Campina Grande. Foram absolvidos os ex-diretores do hospital Vivian Kelly Rezende Costa e Thyago Gomes de Morais; a nutricionista Carmen Bastos de Moura Spa; Andrea Shirlaynne Agra Ribeiro e a empresária Izabelli Araújo Diniz, proprietária da empresa IS Risto Gastronomia LTDA.
Segundo a sentença, não foram encontrados vínculos financeiros ou pessoais que indicassem atuação coordenada para cometer irregularidades. Sobre a IS Risto Gastronomia, o magistrado destacou que não se tratava de empresa de fachada e que os serviços contratados, como fornecimento de equipamentos e mão de obra para a cozinha do hospital, foram devidamente prestados.
O MPF havia pedido a condenação dos acusados por organização criminosa, peculato e fraude em contratação direta. No entanto, o juiz entendeu que, apesar de falhas funcionais na forma de contratação — como a dispensa sucessiva de licitação —, não havia provas de infração penal ou prática delituosa evidente.
A decisão também apontou que os preços praticados não eram abusivos em comparação aos valores de mercado em Campina Grande, e que não foi comprovada relação ilícita entre os responsáveis pela empresa e os servidores envolvidos.
O MPF ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).
