Política

Hugo Motta rebate Lula e nega traição após queda do aumento do IOF

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se defendeu das críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que classificou como “absurda” a decisão do parlamentar de pautar a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que derrubou o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Em entrevista ao Jornal da Manhã, na Bahia, nesta quarta-feira (2), Motta negou qualquer traição ao Planalto e disse que os ataques do presidente são “narrativas falaciosas”.

“Nós avisamos que essa matéria teria muita dificuldade de ser aprovada no Parlamento. O presidente de qualquer Poder não pode servir a um partido”, afirmou o deputado paraibano.

A tensão entre os dois Poderes aumentou depois que Lula decidiu acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão do Congresso. Representado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o presidente ingressou com a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 96, solicitando uma liminar que suspenda os efeitos do decreto legislativo que barrou o aumento do IOF.

O objetivo é restabelecer a validade do decreto presidencial que aumentava as alíquotas do tributo. No mérito da ação, o governo quer que o STF reconheça a constitucionalidade do aumento e declare inconstitucional o decreto legislativo aprovado pelo Congresso.

Apesar do embate, Lula declarou que pretende conversar com os presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em busca de um reequilíbrio na relação entre os Poderes.

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